Flor - Simbologia e Sabedoria Natural (Parte III)

Continuação: Por Arakaessã

A civilização asteca e parte das culturas das Américas central e do sul, desenvolveram uma escrita bastante elaborada, os hieróglifos, nos quais as flores foram retratadas. Até hoje, os arqueólogos tentam desvendar esta intrincada escrita, que se baseava na observação da natureza e, no caso da civilização asteca, contava a história de seu povo. A flor era um símbolo que exprimia a passagem do tempo e estava ligado às idades cosmogônicas (da origem do universo). Exprimia as fases específicas da relação entre deuses e os humanos (p.438).

Percebe-se que havia uma forte ligação da percepção da flor como origem, princípio, e a observação dos ciclos naturais.

As flores também foram associadas às borboletas. Sabe-se que os gregos associavam a alma à figura da borboleta. No mito de Psique, esta é representada com asas de borboleta (p.138). Essencialmente, a palavra grega psyché significa alma, porém depois passou a significar também mente, e é por isto que a Psicologia é conhecida como a ciência que se destina a estudar a mente.

Dentro do estudo da simbologia das flores, é possível encontrar tanto o sentido universal, arquetípico, quanto o que se refere a cada flor.

Quando se fala em arquétipo, remete-se prontamente ao suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), conhecido como pai da Psicologia Analítica e que foi responsável pela introdução do termo e de outros importantes como inconsciente coletivo, complexos, persona, entre outros. De maneira simples, arquétipo é um conjunto de conteúdos primordiais que dizem respeito à determinada coisa, pessoa ou função. Calvin Hall e Vernon Nordby esclarecem no livro “Introdução à Psicologia Junguiana”, Editora Cultrix, que “O arquétipo materno, por exemplo, não é uma fotografia de uma mãe ou de uma mulher. Assemelha-se mais a um negativo à espera de ser revelado pela experiência.” (p.34)

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