quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Flor - Simbologia e Sabedoria Natural (Parte VI)

Continuação: por Arakaessã

O estudo simbólico das flores ou de uma flor específica auxilia a responder uma parte da pergunta feita logo no início do texto, pois traz a noção da força arquetípica das flores. Porém, pode-se ainda perguntar: Como se chegou a tais constatações? Naturalmente, não há uma só resposta, mas pode-se dizer que grande parte das constatações surgiu da observação da natureza. Ou seja, a própria natureza, em suas várias manifestações e sinais, mostrou o caminho para se chegar ao seu entendimento. Novamente, as cores, formas e cheiros de uma flor não se manifestam por mero acaso ou simples luxo, e sim revelam sua essência, a sua missão enquanto parte extensão da natureza através de uma linguagem silenciosa. Mas para compreender esta linguagem, é necessário que alguns valores humanos sejam revistos e transformados - já que a natureza é muitas vezes posta num nível inferior ao do ser humano, sendo deposta do seu lugar de Mãe.


A observação invertida (que coloca o ser humano como origem e não como filho da natureza) é chamada de “visão linear” pela Tradição Tubakwaassu, povo da raça vermelha que habitou os Andes há centenas de anos.

Hoje esta tradição vem sendo resgatada através do trabalho de Ramy Arany e Ramy Shanaytá, co-fundadores do Instituto KVT e da Instituição Cultural e Filantrópica Ará Tembayê Tayê, com o intuito de possibilitar às pessoas o reconhecimento das leis naturais, e de conduzi-las para uma melhor compreensão da vida.

Ramy Shanaytá, em seu livro “A Natureza Ensina... A conexão com a luz da Cura”, Editora KVT, escreve sobre os paradigmas que fazem com que grande parte das pessoas imprima suas crenças às situações ou coisas que não compreendem:

“Ao observarmos uma planta no jardim, nossos pontos de referência produzem o entendimento que podemos ter daquele vegetal mediante nossas condições emocionais, intelectuais, entre outras. Se o observador for um biólogo, vai vê-lo a partir do ponto de referência de seus estudos; caso desconheça aspectos técnicos, vai descrevê-lo a partir de sua realidade, que gerará, como resultado, o entendimento sobre o vegetal.

“Estes vários pontos de referência produziram, como resultado, a crença de que a planta é bonita ou feia, boa ou ruim. Os pontos de referência são apenas um modelo, padrão ou paradigma, ou seja, uma realidade criada a partir das crenças daquela pessoa.

“Neste caso, mesmo sendo múltipla a realidade de percepção do vegetal, a planta continua sendo a mesma: não é boa ou ruim, feia ou bonita, e só quem pode nos ensinar sobre ela é ela mesma. Qualquer outra observação que venhamos a fazer para qualificá-la, por mais coerente que seja, ainda assim não será a planta. Desta maneira, a natureza nos ensina os caminhos para a transformação do paradigma do ter, ensinando-nos sobre o ser. Portanto, por mais que tenhamos conhecimento a respeito de uma determinada situação, condição ou pessoa, não somos detentores absolutos da sabedoria sobre aquilo, pois ainda funcionamos com a mente linear, que acredita ser o nosso ponto de vista o único e o verdadeiro.” (p. 19-20)

CONTINUA....

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